Murro no Rim
quarta-feira, novembro 30, 2005
domingo, novembro 27, 2005
Uma vez até morrer
Não sei quem escreveu isso, mas sintetiza perfeitamente o que eu sinto naquele que tinha tudo pra ser o dia mais triste da minha vida. Mas não foi. Porque depois do jogo, na mais bela demonstração de amor que uma torcida pode dar a um time, tive a certeza da volta por cima. O Clube Atlético Mineiro jamais estará sozinho e será reerguido pela força da sua torcida.Uma vez até morrer
O Atleticano é diferente de qualquer outro torcedor
É diferente, pois não se restringe a ser
Somente torcedor
Ser Atleticano é como casamento
Na saúde e na doença
Nas alegrias e nas tristezas
Mesmo quando a doença parece não ir
E as tristezas teimam em permanecer
O Atleticano é capaz de
Após uma derrota humilhante
Pegar a camisa no armário e sair às ruas
Mesmo sendo alvo de piadas
Isso por que o Atleticano não torce por um time
Torce por uma nação
E tal qual em uma guerra
Um cidadão não renega um país
Mesmo que a derrota seja grande
O Atleticano apóia seu time na derrota
Pois os obstáculos engrandecem
Seu sentimento de nacionalismo
E que me perdoem os que têm apenas títulos
Claro que são importantes
Mas o Atleticano tem algo que os outros nunca terão
Tem paixão
Tem o Clube Atlético Mineiro !!!
quinta-feira, novembro 24, 2005
Seguindo na linha do post anterior
Continuando no tema do post anterior, depois de ler o comentário do Veio Gagá.A verdade é que nós homens não nascemos para este tipo de coisa. Ser assediado tão explicitamente não fez parte da evolução do nosso intelecto e não é porque mulheres hoje em dia se permitem gritar histericamente como loucas nos shows do Wando que nós vamos aprender alguma coisa. Não sei mesmo lidar com mulheres que me assediam explicitamente. Mal sei eu lidar com aquelas que o fazem com a sutileza de uma dama do início do século passado. Poucas vezes consigo diferenciar uma mulher que me corteja de uma que me trata com carinho de amigo e por causa disso já quebrei a cara muitas e muitas vezes, assim como deixei de ser recíproco aos cortejos de mulheres apaixonantes. A verdade é que, nos relacionamentos, a função do homem é assediar, conquistar, fazer canalhices e sofrer como um cão sarnento quando “aquela” mulher nos rejeitar. A função da mulher é conviver com isso tudo que foi citado acima. E o interessante é que, mulheres, quando fazem mal a um indivíduo isoladamente, podem estar fazendo um imenso mal à humanidade em geral. São as mulheres as inspiradoras de canções que nos deixam mais miseráveis ainda quando nossos romances acabam. Leve isso a sério: evite ouvir músicas como Is it for love? – Humble Pie enquanto durar a sua depressão pós-relacionamento. São também elas fizeram Otis Rush sofrer imensamente ao cantar You’re breaking my Heart. De tal modo que nos faz sofrer junto e até nos dá permissão para chorar em público. É exatamente o oposto do que disse Neil Armstrong, quando se tornou o primeiro homem a pisar na lua. Quando aplicada às mulheres, a famosa frase do astronauta se transforma em algo mais ou menos assim: “É um pequeno tapa na cara de um homem, mas um gigantesco tabefe na cara de todos os machos”. Mas ainda assim, sou imensamente grato pela existência das mulheres e de toda sua complexidade ao selecionar os seus parceiros. É o simples existir feminino que nos motiva a ser cada vez melhores. A inventividade e a busca pela ampliação do conhecimento intelectual foi o trunfo que os feios pré-históricos usaram para conseguir reproduzir. Toda e qualquer descoberta científica creditada a seres do sexo masculino tem na mulher o seu maior motivador. Por isso, fica registrada aqui a gratidão e a imensa felicidade que eu tenho por amar e sofrer intensamente por mulheres. Sou feliz por perder noites de sono e horas do dia que poderiam ser usadas para outros propósitos teoricamente mais nobres pensando em como tê-las sempre e cada vez mais. Mulheres, muitíssimo obrigado por existirem.
quarta-feira, novembro 23, 2005
Puto por um dia
Já faz tempo que aconteceu, mas eu só consegui pensar em uma maneira interessante para escrever sobre o assunto agora. Eu estava em um barzinho com uns amigos quando um deles resolveu se engraçar pros lados de uma coroa que se situava na faixa dos 45-55 anos. Isso não era um problema pra ele. Pelo contrário. Ele já era notoriamente conhecido por tomar atitudes como estas. Tem gosto por coroas, este meu amigo. O problema é que esta coroa tinha uma amiga (horrenda, porque se fosse boa eu até traçava com muito gosto) que não parava de dar em cima de mim. Eu não conseguia afastá-la e ela por sua vez afastava todas as mulheres atraentes do bar de mim. Usei muitas táticas para tirá-la do meu pescoço, até mesmo elogiar um homem que passava por nós. Não que eu prefira ser baitola a traçar uma coroa horrenda. Na verdade, eu preferia que a coroa horrenda PENSASSE que eu era baitola, para que eu, longe dos seus bracinhos adiposos, pudesse tentar alguma coisa com as poucas mulheres que não tinham me visto com ela. Pois nem isso funcionou. Eu fugi insistentemente dos seus beijos durante toda a noite, enquanto meu amigo se divertia com a amiga dela. Nisso sim, eu obtive êxito. A coroa não arrancou de mim mais do que um beijinho no rosto, de quando fomos apresentados. Até que, indo embora (meu amigo falou pra outra coroa amiga da horrenda que iríamos voltar, o que era obviamente uma grande mentira), a coroa me dirige as seguintes palavras: “Volte mesmo, eu pago muito bem!” sem nenhuma preocupação em falar baixo ou disfarçar o que queria. Meus olhos se arregalaram e eu continuei andando em direção a saída sem dizer uma única palavra pra coroa horrenda. Não consegui sequer pensar em perguntar quanto era o “pagar bem” dela (sim, porque todo mundo tem um preço e eu não sou diferente. Só preciso ser abordado com mais jeitinho). A moral da história? Mulheres são estranhas. Enquanto adolescentes, só querem arrumar um namorado que tenha idade o suficiente para comprar as bebidas com as quais elas vão se embebedar e que as busque de carro na escola, uma ou duas vezes por semana. Aos 40 e tantos, tudo o que elas precisam é ser assediadas. Especialmente se for por um sujeito que é exatamente o que elas sonhavam quando tinham 16. Não que eu seja tudo o que as meninas de 16 anos sonham (ah, quem me dera...), mas eu me encaixo no estereótipo. E a coisa só piora. São muito mais difíceis de ser entendidas as mulheres que se encontram nesse hiato etário entre adolescente e coroa. Infelizmente, são estas que mais me interessam. Espero conseguir entendê-las antes que seja tarde demais para fazer uso da minha descoberta. E já aviso: se eu descobrir, não conto pra ninguém.terça-feira, novembro 22, 2005
Asneiras Presidenciais
Post retirado do blog do Josias de Souza. As declarações presidenciais dispensam quaisquer comentários de minha parte. Depois vão ficar falando que eu gosto de chutar cachorro morto. As declarações foram dadas durante a cerimônia de sanção da MP do Bem.* Crescimento econômico: "Todo mundo gostaria que a economia estivesse crescendo 10%, 15%. Eu também gostaria (...). Agora, quando se pega um país na situação em que nós pegamos e se coloca esse país em alto mar, com tranqüilidade, dizendo a todos os passageiros: ‘não vai ter tsunami. Aqui tem mestre e tem contra-meste’.”
* 2006: “Se alguém está preocupado com as eleições do ano que vem, quero dizer que eu não estou. Muita mentira tem perna curta. E o povo brasileiro é mais sábio do que muitos podem compreender.”
* Medidas amargas: “Nós tomamos posse neste país e tivemos que tomar medidas amargas contra as pessoas que me elegeram. Na reforma da Previdência Social eu mexi diretamente com a minha base eleitoral. E fiz isso com a consciência tranqüila de que um presidente, depois de eleito, não pode pensar apenas nos seus eleitores. Tem que pensar em que país ele quer para os seus filhos e netos.”
* Governo é um sucesso: “Do ponto de vista da economia, cortamos mais do que na própria carne. Mas o resultado da política que fizemos, ao contrário dos que acreditavam os que diziam que o governo seria um desastre, a verdade é que o governo se tornou um sucesso. Alguém poderia falar: ‘mas o país poderia crescer mais, os juros poderiam cair mais. É verdade, mas o dado concreto é que o resultado está deixando os que defendem a teoria do quanto pior melhor mais preocupados.”
* Denuncismo sem prova: "Para mim, política econômica é muito menos mágica e mais seriedade (...). Todos nós queremos que a economia cresça mais. Entretanto, queria chamar todos vocês a uma pequena reflexão. Que país e que governo cresceriam no ano de 2005 subordinados à crise do denuncismo que estamos vivendo hoje no país? Que empresário estrangeiro iria querer investir no Brasil se acessar a internet e ver a quantidade de matérias negativas como ele vê. Entretanto, mesmo com a profundidade da crise, mesmo com o denuncismo até agora não provado, o dado concreto é que a economia continua funcionando.”
* O futuro: “O Brasil entrou numa rota de desenvolvimento que, se nos não permitirmos que a pequenez eleitoral tire a nossa seriedade, que tome conta do nosso comportamento, certamente nós estaremos deixando para quem vier depois de nós, nossos filhos e netos, um Brasil que será considerado um país sério, em desenvolvimento, e não um eterno país emergente, como somos chamados há três décadas.”
* Palocci: “A economia brasileira vai continuar com a seriedade que veio até agora. O ministro Palocci é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim. Do mesmo modo a Dilma é minha chefe do Gabinete Civil, o Nelson é ministro da Previdência. Eles foram escolhidos para fazer o que estão fazendo. Se alguém ainda quiser continuar especulando sobre economia, por favor, se dirija à bolsa de São Paulo e deixe o governo fazer as coisas que a gente está fazendo.”
segunda-feira, novembro 21, 2005
Ah, GNT...
O canal por assinatura GNT está lançando no Brasil a série Weeds.Aqui vai a descrição, disponível no próprio site do canal:
WEEDS (que significa "erva" em inglês) é a nova atração do GNT. Polêmica, a série tem como protagonista a atriz Mary-Louise Parker (de Angels in America, Tomates verdes fritos e The West Wing). Parker encarna Nancy Botwin, uma viúva que para garantir o sustento dos filhos passa a vender maconha na pacata e, aparentemente conservadora, Agrestic; pequena cidade do interior da Califórnia. Compõem o elenco nomes como Elizabeth Perkins e Keavin Nealon. Weeds é uma série tragicômica que apresenta o lado politicamente incorreto dos tradicionais lares americanos.
Não achei que pegou bem para o canal. Não porque eu seja contra a descriminalização da maconha. Se quiserem saber a verdade, eu, mesmo sem ser usuário da droga, sou a favor da legalização. Não da maneira idiota como Marcelo D2 e a maioria daqueles que Mr. Manson (do genial Cocadaboa) descreveu como “maconhistas” neste texto. Eu, eu mesmo e Irene, que não somos idiotas, sabemos que a maconha vicia e faz mal, assim como o cigarro, o alvo preferido dos maconhistas. Defendo a descriminalização da maconha por uma série de outros motivos que encheriam este post com assuntos nos quais eu não gostaria de tocar, pelo menos não por enquanto. O que eu quero falar mesmo é do canal GNT. Não achei que pegou bem porque o canal GNT, apesar de ser voltado para um público bem mais instruído do que a maioria dos brasileiros, toca num assunto delicado com a naturalidade de quem faz um seriado sobre seis amigos tentando levar a vida em NY. Pisaram na bola ao tentar ser polêmicos e na verdade, serem polemistas, que são coisas bem diferentes. O público brasileiro ainda não está preparado para assistir programas que tratam a maconha com naturalidade ou para assistir um beijo gay no horário nobre (sem preconceito com as bonecas, que isto fique bem claro) sem que a sua opinião seja ofuscada pela opinião dos profissionais da televisão, televisão esta que todos sabemos ser um reduto de gays e maconheiros. Acho que o casamento gay deve ser legítimo e que a maconha deve ser legalizada, mas somente quando isto refletir a opinião da imensa maioria. Estamos vivendo uma renovação de idéias neste país com a troca de geração que se dá (coisa que já foi vivida em outros países). A geração dos meus pais e avós, que acha o homossexualismo uma doença e que eu, por não fumar, não posso ter nenhum amigo que fume maconha, está sendo substituída pela minha geração, que não dá a mínima se um sujeito é gay ou não e que sabe que a maconha já faz (ou fez) parte do cotidiano da grande maioria das pessoas da sua idade, mesmo que elas não tenham usado. Quem é o sujeito da minha idade que nunca viu alguns dos seus amigos fumarem maconha? Duvido que exista um. Eu penso que o canal GNT está errado. Ainda não estamos na hora de enfrentar um debate destes com maturidade no Brasil, sem que haja um sério conflito de gerações na sociedade camuflado pela divergência de opinião em relação a tais assuntos delicados.