quarta-feira, novembro 23, 2005

Puto por um dia

Já faz tempo que aconteceu, mas eu só consegui pensar em uma maneira interessante para escrever sobre o assunto agora. Eu estava em um barzinho com uns amigos quando um deles resolveu se engraçar pros lados de uma coroa que se situava na faixa dos 45-55 anos. Isso não era um problema pra ele. Pelo contrário. Ele já era notoriamente conhecido por tomar atitudes como estas. Tem gosto por coroas, este meu amigo. O problema é que esta coroa tinha uma amiga (horrenda, porque se fosse boa eu até traçava com muito gosto) que não parava de dar em cima de mim. Eu não conseguia afastá-la e ela por sua vez afastava todas as mulheres atraentes do bar de mim. Usei muitas táticas para tirá-la do meu pescoço, até mesmo elogiar um homem que passava por nós. Não que eu prefira ser baitola a traçar uma coroa horrenda. Na verdade, eu preferia que a coroa horrenda PENSASSE que eu era baitola, para que eu, longe dos seus bracinhos adiposos, pudesse tentar alguma coisa com as poucas mulheres que não tinham me visto com ela. Pois nem isso funcionou. Eu fugi insistentemente dos seus beijos durante toda a noite, enquanto meu amigo se divertia com a amiga dela. Nisso sim, eu obtive êxito. A coroa não arrancou de mim mais do que um beijinho no rosto, de quando fomos apresentados. Até que, indo embora (meu amigo falou pra outra coroa amiga da horrenda que iríamos voltar, o que era obviamente uma grande mentira), a coroa me dirige as seguintes palavras: “Volte mesmo, eu pago muito bem!” sem nenhuma preocupação em falar baixo ou disfarçar o que queria. Meus olhos se arregalaram e eu continuei andando em direção a saída sem dizer uma única palavra pra coroa horrenda. Não consegui sequer pensar em perguntar quanto era o “pagar bem” dela (sim, porque todo mundo tem um preço e eu não sou diferente. Só preciso ser abordado com mais jeitinho). A moral da história? Mulheres são estranhas. Enquanto adolescentes, só querem arrumar um namorado que tenha idade o suficiente para comprar as bebidas com as quais elas vão se embebedar e que as busque de carro na escola, uma ou duas vezes por semana. Aos 40 e tantos, tudo o que elas precisam é ser assediadas. Especialmente se for por um sujeito que é exatamente o que elas sonhavam quando tinham 16. Não que eu seja tudo o que as meninas de 16 anos sonham (ah, quem me dera...), mas eu me encaixo no estereótipo. E a coisa só piora. São muito mais difíceis de ser entendidas as mulheres que se encontram nesse hiato etário entre adolescente e coroa. Infelizmente, são estas que mais me interessam. Espero conseguir entendê-las antes que seja tarde demais para fazer uso da minha descoberta. E já aviso: se eu descobrir, não conto pra ninguém.

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