terça-feira, novembro 01, 2005

Por que Emir Sader omite, omite, omite, desesperadamente?

O PT está desesperado. Prova disso é a voracidade com que o partido ataca a imprensa que os desmascara. Li no blog do Josias de Souza e depois no site do próprio partido que o PT está processando a revista Veja. E em um artigo do site, um sujeito chamado Emir Sader faz ataques à qualidade da revista e de cunho pessoal aos seus colunistas, acusando-os de fracassados e de serem porta-vozes do “bushismo” no país. Eu penso que é melhor ser porta-voz do “bushismo” do que defensor de um regime incompetente, antiquado e absurdo como é o de Cuba. Depois, o professor universitário enumera as mentiras que ele atribui a revista. Sobre o MST diz o seguinte: “Mentindo sobre o trabalho do MST com os trabalhadores do campo, nas centenas de assentamentos que acolhem a centenas de milhares de pessoas, famílias que viveram secularmente marginalizadas no Brasil. Têm que esconder o funcionamento do sistema escolar nacional que o MST organizou, responsável, entre outras tantas façanhas, de ter feito mais pela alfabetização no Brasil do que todos os programas governamentais.” O que o MST faz com as crianças nas suas escolas é lavagem cerebral. O militante petista/professor universitário aplaude a iniciativa do MST em alfabetizar os jovens, esquecendo-se que isto é uma responsabilidade do governo que ele tenta defender. Nas escolas do MST o jovem é induzido a ser um militante extremista que tem como princípios odiar o governo, qualquer que seja ele, e promover uma luta de classes: do lado esquerdo do córner, a classe operária oprimida aliada a trabalhadores rurais sem-terra igualmente oprimidos, enfim, gente que só quer o bem da pátria. Do lado direito do córner a elite direitista opressora amparada pelo “império do norte”, estes sempre interessados em coibir a justiça social no Brasil. Embutir esta linha de pensamento em jovens que deveriam estar se instruindo livremente e buscando as suas próprias convicções políticas é que é uma façanha. Alfabetizar pura e simplesmente é muito fácil. O governo petista e seus antecessores não o fizeram por incompetência e omissão. Sobre Cuba, diz: “Mentem sobre Cuba, porque escondem que nesse país se produziu a melhor saúde pública do mundo, que ali não há analfabetos – funcionais ou não -, que por lá todos tem acesso – além de saúde, educação, casa própria, a cultura, esporte, lazer. Que o IDH de Cuba é bastante superior ao brasileiro.” Ele, entre outras coisas, omite que Cuba vive em um regime que raciona desumanamente água e energia elétrica. Que Cuba é um país congelado na década de 50. Que em Cuba, a o povo recebe uma ração de comida tão minguada que os impede de ter convidados para um jantar sob a pena de lhes faltar o que comer. Que Cuba não escolhe o seu governante e não tem direito a cometer os erros que o Brasil cometeu quando elegeu Lulla. Enfim, Cuba é um país tão bom que eu particularmente não consigo entender porque tanta gente arrisca a vida tentando fugir de lá em balsas improvisadas que ficam à deriva em alto-mar. Sobre a Venezuela, Emir Sader diz: “A Veja tem que mentir sobre a Venezuela, país em que se promove a prioridade do social, com ¼ dos recursos obtidos com o petróleo irrigando os programas sociais. Que o governo de Hugo Chávez triunfou sobre a mídia privada golpista – as Vejas de lá -, pelo apoio popular que granjeou, quando a Veja, defasada – como sempre – já noticiava na sua capa a queda de Chávez. Depois o governo venezuelano derrotou a oposição em referendo previsto na Constituição daquele país, em que os eleitores, no meio do mandato, se pronunciam sobre a continuidade ou não do governo, em um sistema mais democrático que em qualquer outro lugar do mundo.” A Venezuela, de acordo com o professor, prioriza o social com uma parcela dos petrodólares que arrecada. Não deve ser muito, tendo em vista que a Venezuela vende petróleo aos países “amigos” a preço de banana. Na Venezuela, assim como no Brasil, o povo é ignorante e é mantido assim para que não veja a farsa que é o governo do seu país e para que concorde com todos os absurdos “anti-imperialistas” que diz o seu chefe de estado. Muito me espanta também a quantidade de vezes que Emir Sader utiliza o termo “bushismo” como se estivesse se referindo a uma praga. Mais espantado fico quando se vejo que a pessoa que condena ao inferno o presidente Bush o faz no site oficial do partido que governa o país e mantêm boas relações diplomáticas com os EUA, sendo estes os nossos maiores parceiros comerciais. O professor universitário entra em contradição quando diz que a revista defende os ideais dos novos conservadores estadunidenses, definindo os colunistas como “propagandistas do bushismo” e mais adiante diz que a Veja mente ao dizer que a política externa do Brasil é um fracasso. Com isso pelo menos ele deveria concordar. Se os EUA são de fato esta coisa tão ruim que só quer nos prejudicar, por que a política externa do Lulla ainda mantém os laços fraternais com eles? Pensando de acordo com a louca cabecinha oca deste professor, isso só pode ser um erro. Eu tenho pena dos alunos deste professor. Professor que omite desesperadamente verdades para defender um governo morto. Que talvez tenha achado que as pessoas que leriam este texto são os mesmos ignorantes que aplaudem Lulla em seus discursos improvisados nos quais ele só fala asneiras ou então os mesmos que perdem tempo dos seus dias para assistir às suas aulas. E o professor mentiu quando disse que a Veja é a pior revista do país, quando este título claramente pertence à revista Caros Amigos, que deve publicar as mentiras que ele escreveu no site do PT na sua edição de novembro.

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