quarta-feira, setembro 21, 2005

Como é bom ser homem

Eu admiro as mulheres. Por muitos motivos (alguns bem óbvios), claro, mas principalmente pela trabalheira que elas têm para estarem adequadas aos exigentes padrões estéticos femininos. Elas se machucam fazendo a unha (sempre ouvi mulheres dizendo que as manicures tiravam “bifes” dos seus dedos sem nunca saber o que realmente significava aquilo) e sofrem ao se depilar com um plástico lambuzado com um líquido escaldante que seca na pele, grudando nos pêlos, que são arrancados sem dó. Aliás, é justamente nesses pequenos detalhes que se vê como a sociedade é machista. As mulheres continuam se depilando dessa maneira arcaica e nenhuma grande empresa (Polishop não conta, seus produtos não funcionam) se preocupou em diminuir o sofrimento feminino. E este sofrimento não para por aí. São dezenas de cremes e loções que devem ser usados diariamente em um ritual quase que religioso, cuidado excessivo com o cabelo e, francamente, eu já beijei mulheres com batom e brilho nos lábios para saber que aquela porcaria que deixa os lábios emborrachados incomoda bastante, não importa se vem com gostinho de morango, uva ou maçã. Reconheço que as mulheres sofrem, mas francamente, eu não gostaria de ver um tufo de pêlos debaixo dos braços da minha esposa toda vez que eu fosse abraçá-la, nem acordar nas manhãs de domingo e perceber que existem quatro pernas peludas na cama. Duas já bastam e que sejam as minhas. Tudo bem que maquiagem não é algo tão essencial, mas quando se trata de bigode, só pode haver um: o meu. Posso até estar soando meio machista (a quem eu quero enganar, eu sou mesmo meio machista), mas se tem algo que eu não gosto em mulheres são pêlos. Pêlos são sinal de testosterona e não quero andar por aí com mulheres com mais testosterona do que eu. Faço questão de ser o macho alfa. E eu pensei nisso tudo hoje, quando percebi que a minha barba está me incomodando e que eu preciso fazê-la. Faço a barba umas duas vezes por semana e já acho uma merda, vejam como é. E olha que, diferentemente da indústria da cera quente, a indústria do barbear evoluiu. O posicionamento das três lâminas do gilete que eu uso foi algo arduamente estudado e planejado para deixar o meu barbear macio. Como é bom ser homem.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Só uma?

Robert Kincaid (do filme As Pontes de Madison) lançou e o coro ganhou corpo na última semana, quando um tio meu e o pai de um amigo afirmaram: o homem só ama de verdade uma mulher na vida. Pra começo de conversa, não sei se eles estão certos ou errados. Até a presente data, conto com vinte e poucos anos de vida e um único namoro frustrado que durou pouco mais de cinco meses. Não tenho experiência o suficiente para defender com unhas e dentes um assunto tão delicado. Mas, mesmo sabendo disso, não me contive e vou dar a minha humilde opinião baseada no mais puro achismo: é possível que eles estejam certos. Acho que a maioria das pessoas não concorda com isso, mas também para isso eu tenho uma explicação: estas pessoas têm a mania de associar, erroneamente, a meu ver, felicidade com amor (é óbvio que eu estou falando do amor de homem pra mulher). Um homem pode sim ser feliz ao lado de qualquer mulher que não seja aquela e até amá-la de muitas outras maneiras, mas os pensamentos mais longínquos e secretos, aqueles que arrancam suspiros sem motivo aparente algum e que nos fazem emudecer por horas durante uma tarde nublada de domingo, esses, eu acredito, são reservados pra apenas uma mulher. Não porque nós homens queiramos isto, oras. Até porque nós não gostamos de nos sentirmos vulneráveis nas mãos de ninguém. E não há como negar essa vulnerabilidade, pois ela está presente nos pequenos detalhes que só quem ama conhece. Detalhes que passam pela taquicardia daquele encontro ocasional no meio do shopping, seguem com uma indecisão quanto o que fazer o que falar (não adianta, um homem nunca está preparado para esse tipo de situação; muito provavelmente, sua voz vai falhar algumas vezes e você, querendo passar um ar de quem não está nem um pouco inseguro e nervoso, vai fazer alguma piadinha de ocasião da qual você vai se arrepender no exato instante em que terminou de falar. Por mais que você meça as suas palavras, você vai falar alguma besteira, não adianta lutar contra isso.) e terminam com um evidente suadouro que começa pela testa, passa pelas axilas e termina nas mãos. As belas palavras de Robert Kincaid foram mais ou menos estas: “I’m gonna say it once, and I’ve never said before, but this kind of certain happens to be only once in a life time”. Não posso dizer se ele está certo. Só posso dizer que torço sinceramente para que ele esteja errado.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Um velho tema

Nos meus passeios internéticos, achei isso aqui: http://dosimulacro.blogspot.com/2005/08/um-velho-tema.html
Ótimo texto. Enquanto vocês se ocupam com ele, penso em algo mais elaborado para escrever aqui.

terça-feira, setembro 13, 2005

Bela Foto


Acho que essa é uma das fotos mais bonitas que eu já vi. Uma vez me falaram que esses pontinhos em volta do bico querem dizer "chupe aqui" em braile. Ri bastante. A foto foi retirada desse site aqui, ó. Tem até algumas fotos legais, vale a pena dar uma conferida.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Código Da Vinci

Li o livro. As pessoas confundem um livro de leitura fácil com um livro bom, talvez essa seja a melhor explicação para o sucesso de vendas de um livro que não tem nada de mais. Sim, é difícil parar de ler o livro, até porque o livro do jeito que foi escrito está pronto para virar um filme. Os capítulos são escritos com o claro objetivo de prender o leitor ao enredo e nenhum deles é encerrado da maneira honesta. O autor escolhe um momento chave e simplesmente corta o capítulo ali, uma tática manjadíssima. O livro também é muito previsível. Antes de chegar na metade, é possível saber sem sombra alguma de dúvida por onde a história vai correr. Enfim, o livro pode ser classificado como nada de mais. Não vou dizer aqui que é uma completa e total porcaria e nem que é uma grande maravilha, mas eu não recomendo. Ao invés de ler o livro, as pessoas poderiam fazer algo melhor com o tempo que têm disponível, como olhar o movimento da rua pela janela.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com