sexta-feira, janeiro 27, 2006

Queria ser cafajeste

Ah! Como eu queria ser um perfeito cafajeste. Daqueles que não está nem aí pro sentimento das mulheres. Não sei o que é, mas toda mulher gosta de um cafa. Mulheres arrastam um bonde por um patife. Vivem reclamando da infidelidade e do pouco caso com que os homens as tratam, mas é só aparecer algum boa-praça, com brilhantina no cabelo, camisa desabotoada mostrando os pêlos do peito adornado por correntes douradas, um ray-ban e um palito de dentes na boca que o mulheril corre atrás do felizardo, rebolando o pandeiro. Infelizmente, eu não sei ser cafajeste. Enxergo nas mulheres um quê de pureza que eu sei que não existe nos tempos de hoje. Não consigo agir como se as mulheres quisessem de mim somente algumas horas de prazer, embora isso esteja bem claro na minha mente. Fico imaginando que as mulheres sempre imaginam o sexo com o cara perfeito no momento perfeito, não gosto de pensar que elas são incapazes de conter os seus desejos de sexo tórrido como nós homens somos. A mulher não deveria nunca (a não ser aquelas que encaram aquilo como profissão) fazer sexo por fazer, sem um pingo de compromisso. Não deveria ter acessos de tesão que duram uma noite apenas. A década de setenta, com a sua filosofia do sexo livre e os fortes movimentos feministas, acabou com a pureza da mulher. E desde então manda o gene da putaria, que antes permanecia adormecido nas mulheres e que hoje é passado das fêmeas daquela época para as suas filhas. Imagine uma jovem, no ano de 1981, com um corte de cabelo exótico, trajando uma roupa saída diretamente do filme Os Embalos de Sábado a Noite, dando uns malhos em um cafa no banco de trás de um Corcel II. Esta jovem pode muito bem ter sido a sua mãe (veja bem, eu disse a sua mãe, não a minha). E a filha desta jovem segue pelo mesmo caminho, só o que muda é o carro. E no banco de trás desse carro, haverá um cafajeste que não dá a mínima para o que ela pensa. Cafajestes como Daniel, participante do BBB 6, que conseguiu fazer algo que merece o nosso reconhecimento. Em menos de duas semanas na casa, já arrematou duas participantes, ambas buenas muchachas. Tudo bem que agora as suas chances de ganhar o prêmio oferecido pelo programa são praticamente nulas, mas de hoje em diante, ele será lembrado e respeitado por homens em todos os bares do país. Daqui há pouco tempo, não lembraremos nem o nome dele, mas lembraremos daquele cara que pegou duas mulheres em um máximo de cinco pegáveis, dentro de uma casa onde todos se vêem exaustivamente todos os dias. Tudo isso em menos de duas semanas. Como eu queria ser cafajeste.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

O melhor do Brasil é o brasileiro

"Na reabertura do Maracanã, 40 cadeiras das arquibancadas foram quebradas, 26 do lado da torcida do Vasco e 14 do lado alvinegro. Três banheiros foram parcialmente destruídos e, num deles, houve tentativa de roubo da válvula da descarga."

http://oglobo.globo.com/jornal/esportes/190045290.asp

E o pior do Brasil é um ter presidente ignorante e ladrão que veicula uma palhaçada como estas cercado por uma quadrilha que realmente acredita nisso.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Voltei

Estou de volta. Minha mudança está concluída, meus objetos (boa parte deles) estão em seus devidos lugares e as minhas férias do cargo de blogueiro chegaram ao fim. Depois de um mês na seca (deixei leitores morrendo de saudades, observem nos comentários), volto para afirmar que nesse ano tenho muito assunto. Ano eleitoral, ano de copa do mundo, só pra lembrar alguns dos eventos mais importantes do calendário. Mas, além de esperar que a seleção canarinho traga o hexa, espero sinceramente que 2006 seja lembrado como o ano em que o povo brasileiro enxotou um tipinho inferior do poder público. Espero que Lulla seja derrotado com uma margem memorável de votos. Espero que o PT não administre mais do que uma cozinha pelos próximos 20 anos. Enfim, não posso dizer que o futuro está em nossas mãos porque eu não me incluo no grupo que irá decidir a eleição. A situação é crítica: o futuro está nas mãos do povo. E eu não pertenço ao povo. O povo brasileiro é ignorante porque não teve acesso a educação, ou em muitos casos, por opção mesmo. O povo brasileiro é imediatista, ingênuo e facilmente corruptível. E não dá pra confiar em um povo como esse. Dizer que eu pertenço ao povo brasileiro é absurdo. É não levar em conta todas as horas da minha vida que eu dediquei aos meus estudos, todas as horas da minha vida que eu dediquei a leitura informativa, todo o tempo que eu gastei (que pode-se dizer que eu ganhei) investindo no meu intelecto. Eu não sou povo, eu sou melhor. E pra mim pouco importa se estará no poder no ano que vem um homem do povo ou não. Justamente por querer o bem do povo, quero um homem competente, que saiba o que precisa ser feito e o que precisa ser desfeito. Ser do povo é apenas um detalhe. Não sou hipócrita de ficar aqui dizendo que investi e continuo investindo em mim mesmo para fazer do Brasil um lugar melhor. Fiz isso, em primeiro lugar, por prazer. Gosto de ler, de me manter informado e atualizado, de poder participar de muitos debates com as mais variadas pessoas. Em segundo lugar, fiz isso por mim. Eu quero para mim e para meus filhos um futuro tranquilo, manter a minha condição atual e se possível melhorá-la. Não quero que os meus filhos sejam reflexos do povo. Se eu puder ajudar o país, ótimo: faria isso com prazer. Mas fazer com que o país seja um lugar melhor é a obrigação dos eleitos e eu não tenho, por enquanto, intenção nenhuma de me tornar um. Portanto, 2006 é um ano imprevisível. Espero não ter surpresas desagradáveis como Garotinho no poder. Torço contra Lulla reeleito e contra a Argentina na copa do mundo. E permaneço esperançoso de que dei adeus ao ano velho para ter um feliz ano novo.

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