sábado, agosto 06, 2005

Cara certo na hora errada

Eu queria ser o cara errado na hora certa. Este, no mínimo, vive experiências e não fica imaginando como seria se acontecesse. Tudo começou quando ela elogiou o CD que estava tocando no meu carro (Diana Krall – All For You). É claro que eu já tinha reparado que ela era bonita antes, mas elogios aos meus CDs é o meu ponto fraco. Esse simples e despretensioso gesto foi o suficiente para que ela despertasse em mim um interesse bem maior. No carro, fiz perguntas pessoais querendo saber se ela tinha namorado. Não tinha, oficialmente. Mas o “oficialmente” era o único detalhe que faltava no namoro dela. Observei-a durante toda a noite e já no fim sentei-me ao lado dela. Consegui manter-me até o momento em que ela repousou o rosto no meu ombro e eu senti escorregar entre os meus dedos aquele liso cabelo. As palavras dela foram:
“Eu adorei muito, muito mesmo (ênfase no muito mesmo) te conhecer, mas (ah, o maldito “mas”) hoje eu não posso. Gostaria que você tivesse aparecido na minha vida antes”.
Em outras palavras, o cara certo na hora errada. Pode ter sido só uma desculpa, é verdade, mas eu prefiro acreditar. Não sou hipócrita, torço sim para que o projeto de namoro dela fracasse. E tem mais: ela está avisada, não desisti ainda.

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