Indignado, não revoltado
Diante desse mar de corrupção que nos cerca, tanto em Brasília como nos gramados, surge em mim um sentimento de indignação. Indignação, veja bem, não revolta. Acredito eu que os indignados são mais capazes de agir com calma e raciocinar com clareza. O sentimento de revolta em momentos como estes só atrapalha, pra falar a verdade. O revoltado é aquele que toma decisões loucas e precipitadas, como filiar-se ao PSOL ou PSTU, por exemplo. Enquanto o indignado busca na razão e na lucidez a melhor saída para as crises, o revoltado contenta-se em berrar palavras de ordem ("Viva a heróica resistência iraquiana! O imperialismo é um tigre de papel!"), fazer ofensas pessoais a qualquer um que discorde de suas idéias malucas e ouvir Rage Against the Machine enquanto alimenta o seu ódio adolescente ao império estadunidense e toda a geração fast food (eu ia escrever geração coca-cola, mas não quero que
nada nesse blog se pareça com uma homenagem a Renato Russo). A eleição de Aldo "velho comuna" Rebelo para presidente da câmara é absurda. Detentor de uma das mentalidades mais retrógradas da câmara (algo que deixaria até mesmo Stalin de cabelo em pé), o velho comuna elegeu-se presidente da câmara para salvar a pele do governo e de José Dirceu. Com uma rápida pesquisa na internet, descobre-se que Aldo "velho comuna" Rebelo é responsável pelo Dia do Saci, criado para fazer frente ao Halloween estadunidense, e pelo projeto de lei que proíbe o uso de expressões em língua estrangeira. Este foi o homem que os parlamentares governistas escolheram após serem comprados com a liberação de verbas políticas. Mas não confunda, minhas palavras são de indignação, não de revolta.
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